.sobre a felicidade nas horinhas de descuido.

Talvez Guimarães tivesse toda razão. Uma pena ele não ter mencionado que essas horas de descuido são raras e que a tristeza, muitas vezes, toma conta. Como se ela de fato não tivesse fim. E é tão injusto!
 Eu, cercada de pessoas maravilhosas, cercada de um carinho precioso e, mesmo assim... não parece suficiente. E vem, sem muita explicação, um aperto no peito, uma vontade de chorar. Talvez seja só a sensação de impotência que vem com toda a percepção de finitude: tudo isso, um dia, se vai... se vai comigo. Mas é tão injusto que eu não consiga aproveitar plenamente enquanto ainda estou aqui. 

E ai, fico nessa tentativa horrível de me tornar uma ilha, como se isso bloqueasse os sentimentos. Mas não...inútil. 
Tudo é inútil, como sempre me dizia uma adolescente perdida no CEFET. Tão perdida quanto eu! Talvez ela tivesse razão e não o Rosa... 

Autora desconhecida

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Por Bárbara Gonçalves, ou "Barbarella".

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